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Deitada sobre uma imensa reserva de quartzito, em rochas metamórficas do período pré-cambriano, São Thomé vista de longe parece uma miragem, uma montanha nevada que se distingue das demais. Isso se deve às extrações do quartzito, que descascam a montanha e deixam à mostra a rocha esbranquiçada.

Todos os anos toneladas e mais toneladas da pedra - usada em revestimentos, beiradas de piscinas etc - partem para todos os recantos do mundo, de tal forma que ela já ficou conhecida nacionalmente como "pedra de São Thomé". O material é tão farto que serve para calçamento de ruas, passeios, no artesanato e até caracteriza uma arquitetura típica, que tanto fascinou os primeiros visitantes. A igreja Nossa Senhora do Rosário (séc. XVIII), mais conhecida como "igreja de pedra", representa muito bem o exotismo da cidade. Infelizmente a alvenaria tem tomado conta das construções, por ser mais barata e menos úmida que as casas de pedra, o que não deixa de ser uma pena. Mais de 70% dos 5700 habitantes trabalham direta ou indiretamente com a extração do quartzito.

Na busca de uma explicação para o fascínio de São Thomé, a composição geológica, de uma forma ou de outra, é uma constante. É ela a responsável pelos encantos naturais da região: cachoeiras, grutas, inscrições e a energia que alimenta os esotéricos. Segundo Daniela Aggio, da Fundação Harmonia, o quartzito está disposto em camadas com a mesma inclinação. "Essas placas se alternam (positiva e negativamente) como as de uma bateria, gerando um campo magnético".

As cachoeiras são um capítulo à parte. Agradam a todos os gostos e necessidades, de um simples banho a uma bela fotografia. São mais de 30, das quais se destacam a Véu da Noiva, Paraíso, Shangri-lá, Eubiose, Flávio, Vale das Borboletas, Gêmeas, da Lua etc. Quem tiver disposição pode ir até o Pico do Gavião e suas formações rochosas. O acesso é difícil e a visita restrita, uma vez que o local é área de exercícios militares.

São Thomé encanta por sua beleza e exotismo. Representa um rincão perdido no mapa, que vem sendo invadido desde que os primeiros forasteiros chegaram, na década de 70. Vieram esotéricos, hippies, ecoturistas e muitas outras pessoas. Todos em busca de um sonho especial e movidos, quem sabe, por uma crença: de que em São Thomé das Letras mito e realidade se misturam a todo momento.

Fonte: http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/SaoThome/port/natureza.asp

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