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A lenda que deu origem a toda a história da cidade de São Thomé das Letras aconteceu em uma gruta.

João Antão escravo da Fazenda Campo Alegre cansado dos maus tra-tos, cujo romance com a irmã de seu senhor, o Capitão João Francisco Jun-queira, foi descoberto, refugiou-se em uma gruta no alto da serra, onde passou a viver da pesca, frutos e raízes da região.

Um dia um senhor de vestes brancas apareceu para o escravo lhe entre-gando um bilhete e dizendo que, se ele o entregasse ao capitão, este o perdoaria.

João Antão era analfabeto e, mesmo não sabendo do conteúdo da mensa-gem, voltou para a fazenda e a entregou ao Capitão João Francisco Junqueira. Ao ler o bilhete, o Capitão lhe ordenou que o levasse até a gruta, onde encontraram uma imagem de São Tomé entalhada em madeira.

João Francisco, homem profundamen-te religioso recolheu a imagem e a levou para casa.

A imagem sumiu e reapareceu na gru-ta por várias vezes.

Acreditando ser um milagre, o Capitão mandou erguer uma capela no local, onde, em 1785, foi construída a Igreja Matriz, originando assim o povoado.

A origem do nome da cidade deve-se à aparição do santo e às Inscrições rupestres encontradas na entrada da gruta, que não se sabe terem sido feitas pelos índios cataguases, antigos moradores da região ou se são palavras deixadas pelo santo.

O capitão João Francisco teve muitos herdeiros. O que mais se destacou foi, Gabriel Francisco Junqueira, que, em 1842, recebeu de Dom Pedro II o título de Barão de Alfenas. Falecido em 1869, dizem que foi sepultado debaixo do altar da Igreja Matriz de São Thomé das Letras.

A igreja Matriz, construída em estilo barroco, abriga em sua nave principal a pintura do mestre Joaquim José da Natividade, altares em estilo rococó e várias imagens de madeira do século XVIII, além do quadro do Barão de Alfenas de autoria de Nicolao Facchinetti.

Inicialmente, as construções que caracterizavam a cidade eram feitas com as próprias pedras extraídas no local. As pedras, cuidadosamente cortadas e empilhadas uma a uma, sem qualquer tipo de argamassa, oferecem segurança e firmeza, como as construções do século XVIII.

Com base na economia local, que é 60% oriunda da extração de pedras de quartzito, usadas no revestimento de casas, passeios, piscinas, e hoje exportadas para vários países da Europa, a cidade ficou conhecida como “cidade de pedra”.

As lendas, histórias e preceitos iniciáticos formam um clima esotérico na cidade, tornando-a conhecida como a cidade mística do Brasil, mas a vida dos seus moradores é bem simples, típica do interior de Minas.

Devido a esse estranho fascínio que a cidade exerce nas pessoas que a visitam, São Thomé das Letras vem, ao longo dos anos, desenvolvendo o turismo. Em 7 de março de 1996, recebeu o selo de potencial turístico, concedido pela EMBRATUR, passando a integrar oficialmente o rol das principais cidades turísticas do Sul de Minas.

Hoje, a cidade conta com uma infra-estrutura capaz de receber bem o mais exigente turista. Restaurantes, pousadas, asfalto até a cidade, estação rodoviária, um excelente centro de eventos capaz de abrigar quase 18 mil pessoas e um amplo salão para festas e convenções. Você pode obter informações completas sobre a cidade e sua estrutura através do Portal de São Thomé das Letras, em: http://www.saothomedasletras.net

Destacando-se pela beleza exótica de suas pedras, rica em cachoeiras, casarões antigos, mistérios, aparições, trilhas e montanhas, a cidade oferece muitas boas opções para você apreciar, viste o web site.

Seja bem vindo!

http://www.cidadedasestrelas.com/

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